Como lidar com a tal da “homesick”?
Converso com minha mãe todos os dias, mas hoje algo mexeu
comigo, não sei se foi a voz da minha irmãzinha ao fundo do áudio do whatsapp,
ou o quê, mas não aguentei. Ao desligar o áudio, chorei. Chorei sem me preocupar.
Era o primeiro choro nesses “dias” que estou aqui: o primeiro choro em um mês e 8
dias. Chorei outras vezes, mas agora entendo que não era choro, era algo de
alguns segundos que logo passava, lembrava de algumas coisas do Brasil e o
coração apertava, mas nada como hoje! Esse choro de hoje foi diferente, foi
demorado, foi sentido, foi sentindo lá no fundo... Falta de tudo que ficou a milhas
e milhas de distância daqui. Mas a
questão é “como consegui acalmá-lo”? Primeiro, sem segurar o choro mandei áudio
para duas das minhas amigas aqui de San Jose, isso acalma muito, afinal só quem
está no mesmo barco para entender, elas estão a mais tempo que eu aqui e sabem
o que é sentir saudade. Ainda assim, teve algo que me fortaleceu ainda mais, a
frase da minha mãe na minha cabeça:
“A gente não pode ter tudo que quer ao mesmo tempo, ás vezes
precisamos abrir mão de algumas coisas, a saudade depois a gente recompensa,
pois você vai voltar muito melhor do que saiu”.
Foi aí que acordei.
Estou aqui para alcançar meus objetivos, e nesse momento a
família torna-se essencial, eles mais do que ninguém devem saber o que você
está fazendo aqui. Estou aqui para me tornar uma jornalista bilíngue, afinal,
jornalistas que falam inglês já têm muitos no Brasil, quero ser aquela que no
final da entrevista de emprego todos digam: “ela conseguiu a vaga por causa do
inglês excelente”. É demais sonhar alto? Acredito que não. Realizar esse sonho
no Brasil talvez seja meu objetivo, ainda não sei. Quanto tempo ficarei aqui,
também não sei. Como sempre digo, Deus é quem sabe como será. A única coisa que
tenho certeza agora é de que sonhar alto é o mínimo que a gente pode fazer para
realizar um sonho à altura!
Foco, força e fé.
Good night!
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