Encontro minha amiga Adriana, a paulista já me explica: “você
vai andar muito de metro, fura fila e ônibus”. “Fura fila?” aguardo para ver. No
começo estava tudo lindo, afinal eu e ela estávamos andando na direção contraria
do pico. Pegamos o metrô e depois o tão esperado fura fila. Que nada mais é que
um trenzinho que circula por cima do transito. Um máximo. Adorei. Vejo o Rio
Tietê poluidissimo e me dá dó. A água com borra de café é mais limpa que ele. Não
consigo separar o lixo da água suja. O cheiro então, sem comentários. Chegamos ao
destino, quase final. O marido da Dri nos espera perto da estação, aí seguimos
mais um pouco de carro. O bairro dela é calmo e nem parece que estamos em São
Paulo. Na divisa com São Caetano a correria da cidade parece estar distante.
Quarta-feira, 23, 3h40min acordamos. Sem contar que fomos
dormir 1h da manhã. Só nos arrumamos e antes das 4h já seguimos o trajeto. Chegamos
na Estação de Metrô da Vila Prudente, descemos do carro e o pessoal no ponto
começaram a gritar: “Está de greve, está de greve!!”Dá para ter noção do
tamanho do problema que iríamos enfrentar no decorrer do dia? Nem eu consegui
imaginar. Para piorar o carro da Dri estava em dia de rodízio, ou seja, não podia
sair na rua, senão levava multa. Nesse horário a gente ainda não sabia que o rodízio
ia ser cancelado. Pois bem seguimos até um ponto de ônibus e ficamos, só eu e a
Adriana, a tensão subiu quando olhamos ao redor e as ruas todas escuras e só eu
e ela na rua. Isso não era nem 4 e meia da manhã. Mas tudo bem chegamos ao
destino final a tempo. Lá resolvi tudo rapidinho. 8h fomos para o ponto de ônibus,
o pessoal avisou que a gente deveria ter paciência, pois o transito estava um
caos. Paciência é uma coisa, agora esperar mais de 2h em pé em um ponto de ônibus
já é sacanagem... lá pelas 10h o ônibus chega, aí é enfrentá-lo lotado de gente
estressada e os celulares que não paravam de tocar, as buzinas que não paravam,
e o buzão que não andava. Entrei em desespero. A Dri cochila e eu do outro lado
do ônibus escuto aquele pessoal dizendo que temos que descer e ir a pé porque não
ia ter condição. Olho para fora e vejo o tamanho do caos, transito
congestionado, não consigo nem me mexer dentro daquela sardinha. Ainda bem que
a gente ia descer no ponto final. No entanto chegou em um ponto que eu quase
fui jogada para fora, o pessoal queria descer e eu na escada da porta, tive que
segurar firme, que sufoco...
Chegamos em casa já era meio dia. Saímos para almoçar fora. Novamente
parecia que eu não estava em SP.
| Um cineminha vai bem ;) |


