Pesquise aqui

Pesquisa personalizada

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O dia que São Paulo parou… Eu estava lá


Terça-feira, 22, 6h40min, acordo na cidade da garoa… Chego na Estação da Barra Funda e o espanto vem logo de cara. Esperava chegar a uma rodoviária comum, com ônibus de viagem, famílias se despedindo ou saudando quem chegava. Porém cheguei em uma estação na qual passa ônibus de linha, metrô, trem e também ônibus de viagem. E qual o problema disso? O tumulto, sem dúvida. Pessoas indo e vindo. Correria e loucura total. Será que estão sempre atrasados? Não entendo o por que de tanta correria.
Encontro minha amiga Adriana, a paulista já me explica: “você vai andar muito de metro, fura fila e ônibus”. “Fura fila?” aguardo para ver. No começo estava tudo lindo, afinal eu e ela estávamos andando na direção contraria do pico. Pegamos o metrô e depois o tão esperado fura fila. Que nada mais é que um trenzinho que circula por cima do transito. Um máximo. Adorei. Vejo o Rio Tietê poluidissimo e me dá dó. A água com borra de café é mais limpa que ele. Não consigo separar o lixo da água suja. O cheiro então, sem comentários. Chegamos ao destino, quase final. O marido da Dri nos espera perto da estação, aí seguimos mais um pouco de carro. O bairro dela é calmo e nem parece que estamos em São Paulo. Na divisa com São Caetano a correria da cidade parece estar distante.
Com tantos compromissos e horário marcado não sobrou tempo para nada. Almoçamos e já seguimos o nosso trajeto. Vila Mariana, zona Sul. Até para quem mora em Sampa fica difícil achar o caminho. Depois de muito rodar chegamos a tempo. Resolvi tudo e já retornamos. Sem saber o que nos esperava no outro dia.
Quarta-feira, 23, 3h40min acordamos. Sem contar que fomos dormir 1h da manhã. Só nos arrumamos e antes das 4h já seguimos o trajeto. Chegamos na Estação de Metrô da Vila Prudente, descemos do carro e o pessoal no ponto começaram a gritar: “Está de greve, está de greve!!”Dá para ter noção do tamanho do problema que iríamos enfrentar no decorrer do dia? Nem eu consegui imaginar. Para piorar o carro da Dri estava em dia de rodízio, ou seja, não podia sair na rua, senão levava multa. Nesse horário a gente ainda não sabia que o rodízio ia ser cancelado. Pois bem seguimos até um ponto de ônibus e ficamos, só eu e a Adriana, a tensão subiu quando olhamos ao redor e as ruas todas escuras e só eu e ela na rua. Isso não era nem 4 e meia da manhã. Mas tudo bem chegamos ao destino final a tempo. Lá resolvi tudo rapidinho. 8h fomos para o ponto de ônibus, o pessoal avisou que a gente deveria ter paciência, pois o transito estava um caos. Paciência é uma coisa, agora esperar mais de 2h em pé em um ponto de ônibus já é sacanagem... lá pelas 10h o ônibus chega, aí é enfrentá-lo lotado de gente estressada e os celulares que não paravam de tocar, as buzinas que não paravam, e o buzão que não andava. Entrei em desespero. A Dri cochila e eu do outro lado do ônibus escuto aquele pessoal dizendo que temos que descer e ir a pé porque não ia ter condição. Olho para fora e vejo o tamanho do caos, transito congestionado, não consigo nem me mexer dentro daquela sardinha. Ainda bem que a gente ia descer no ponto final. No entanto chegou em um ponto que eu quase fui jogada para fora, o pessoal queria descer e eu na escada da porta, tive que segurar firme, que sufoco...
Chegamos em casa já era meio dia. Saímos para almoçar fora. Novamente parecia que eu não estava em SP.
Um cineminha vai bem ;)
O ônibus para eu voltar para casa estava marcado para 18h, nisso tivemos que sair de casa 15h30min para chegar a tempo. Ônibus não adianta, metrô não tinha, o jeito foi pegar um trem. Para nossa tristeza... Nem preciso falar que o pessoal estava estressado e perdido, afinal os trens estavam fazendo rotas diferentes. No começo uma beleza, mas quando chegamos na Estação do Brás o bicho pegou. Aguardo o trem parar o pessoal já estava no empurra, empurra. Quando o trem parou eu vi um pesadelo. O pessoal me empurrou que fui beijar a janela do outro lado. Todos gritando parecendo um bando de malucos. Lotou o trem. Fiquei espantada, chorei. As pessoas não possuem um pingo de respeito. O caos estava alojado ali, tudo bem, o estresse é demais, mas e o respeito com os demais? Muitos passageiros reconhecem que isso não é atitude racional, a gente conversa e explico que quando eu via na TV a situação de SP não dava muita moral, agora começo a observar com outros olhos. Uma coisa que podemos tirar disso tudo é: na Copa 2014 SP vai parar, a cidade não vai suportar nem a metade dos turistas, a idéia que tivemos é: decretar feriado na cidade e proibir o paulista de sair de casa, quem sair leva multa...Só assim os turistas poderão andar na cidade tranquilamente, e assim fica do jeito que o governo gosta, tudo maquiado...SP é tudo de bom, o trânsito é uma beleza, o pessoal é civilizado.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O jornalismo, ética e qualidade. É possível?


Segundo Di Franco, sim.
Na noite passada tivemos a oportunidade de prestigiar uma palestra ministrada pelo Colunista e Consultor do Grupo O Estado de S.Paulo, colunista de O Globo (Rio de Janeiro), Gazeta do Povo (Curitiba), Estado de Minas (Belo Horizonte), O Popular (Goiânia), A Tarde (Salvador) e de diversos jornais brasileiros, Carlos Alberto Di Franco.
A palestra teve como tema central a ética no jornalismo. O jornalista mostrou a nós, acadêmicos, caminhos para a qualidade na profissão. Histórias da trajetória de sucesso também foram contadas por Carlos Alberto.



A sensação de poder escutar uma pessoa deste nível é sem explicação. Ele conviveu, e convive, com os nomes mais destacados da nossa imprensa. Como exemplo, Ricardo Noblat. A visão que pude tirar da palestra é que cada dia que passa percebo que estou no caminho certo. Jornalismo em cidades pequenas pode não parecer tão atraente, mas quando puxamos para uma perspectiva global percebo que não há profissão mais brilhante. 

Para Di Franco as redações precisam de “adrenalina e cabelos brancos”. Para ele o pessoal recém formado que entra nas redações dá o gás que os mais velhos precisam, afinal nós não temos medo de arriscar. Durante a entrevista o questionei sobre o problema das cidades pequenas, como a nossa, onde o jornalismo e a política são muito ligados, um depende do outro. Como ser imparcial nessas horas? Di Franco explica que não podemos nos importar como o empresário, nem com o político... Nosso dever é com o público e com nós mesmos, nada mais. A ética começa por aí....